A cozinha eficiente

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Programa de descarte consciente de óleo vegetal da Bunge evitou que 11,4 bilhões de litros de água potável fossem comprometidos no ano passado. Em troca, foram produzidos sabão biodegradável e biodiesel. Os óleos vegetais estão em toda a parte no Brasil. Todos os anos, as famílias brasileiras consomem impressionantes três bilhões de litros dessa substância produzida a partir de todo o tipo de plantas oleaginosas, como o girassol, a canola, a brasileiríssima palma e a soja.

Presente em praticamente todas as casas do país, os óleos vegetais também escondem um perigo imenso ao meio-ambiente que é pouco conhecido da maior parte das cozinheiras. Se descartado incorretamente na rede de esgoto, ele é capaz de comprometer milhares de litros de água de uma só vez. A estimativa é de que um simples litro de óleo seja responsável por desoxigenar até 20 mil litros de água de boa qualidade, eliminando a possibilidade de peixes e outros seres se manterem vivos.
Dona da marca líder no mercado de óleos vegetais, a Bunge decidiu, há quase 10 anos, que precisava encontrar uma maneira de auxiliar o poder público e os consumidores a descartar o produto de maneira a não impactar o meio-ambiente. Em parceria com o Instituto Triângulo, uma organização não-governamental voltada para a mobilização ecológica no ambiente urbano, a empresa criou o Soya Recicla. A idéia é criar uma rede ampla e diversificada em grandes cidades brasileiras para incentivar o descarte correto do óleo vegetal junto aos consumidores. Só no ano passado o projeto recolheu mais de 700 mil litros de óleo vegetal já utilizados e que iriam, normalmente, pelo ralo das pias das casas.
Todo o óleo recolhido segue para uma fábrica especializada em transformar o que antes ia para o lixo em sabão vegetal e biodiesel. Ao longo dos últimos nove anos, por exemplo, o Instituto Triângulo já produziu mais de 700 mil barras de sabão e quase meio milhão de litros de biodiesel. A cada dois litros de óleo entregue, o consumidor tem direito a uma barra de sabão biodegradável. No ano passado, 200 mil barras de sabão foram distribuídas e 11,7 toneladas de garrafas pet (onde o óleo deve ser armazenado para troca) foram recolhidas e enviadas para a reciclagem. “Nosso objetivo é conscientizar a população sobre a importância da reciclagem, evitando o impacto negativo do óleo usado na cozinha na rede de esgoto”, diz Michel Santos, gerente de Sustentabilidade da Bunge.