A gigante farmacêutica J&J foi condenada, na Justiça americana, a pagar U$ 4,69 bilhões a 22 mulheres com câncer e suas famílias. Elas afirmam que um talco produzido pela empresa continha amianto e foi a causa da doença. A acusação argumentava que o uso do talco na higiene pessoal feminina provocou câncer de ovário nas mulheres. A empresa negou que seu produto tenha amianto. Afirmou ainda que o processo continha diversos erros e anunciou que vai recorrer da decisão.

“Por mais de 40 anos, a J&J encobriu a evidência da presença de amianto em seus produtos”, afirmou o conselheiro das demandantes, Mark Lanier. “Esperamos que esse veredito chame a atenção dos diretos da J&J, levando-os a informarem melhor a comunidade médica e o público sobre a conexão entre amianto, talco e câncer de ovário”.

A J&J enfrenta milhares de casos nos Estados Unidos que citam uma possível ligação entre o uso do talco e o câncer de ovário.

Em relação ao Brasil, a J&J informa que não há processos judiciais associados a este assunto. O produto comercializado no país é produzido localmente e também não contém amianto nem causa câncer de ovário.