Em 26 de janeiro, a divisão norte-americana da L’Occitane International entrou com um pedido de proteção ao tribunal de Nova Jersey sob o notório “Chapter 11” da lei de falências local.
Durante esse processo, a empresa continuará operando normalmente.
Ele diz respeito apenas às atividades da marca L’Occitane en Provence neste mercado, e não às de suas outras marcas, como Elemis ou Limelife.
Diante das dificuldades provocadas pela pandemia, o objetivo da marca nascida na França em 1976 é “acelerar a reestruturação da rede de lojas nos Estados Unidos”, mercado no qual está presente desde 1996.
Sendo assim, 23 de suas 166 lojas L’Occitane no país serão fechadas.
“Apesar do sucesso da L’Occitane no avanço de sua estratégia, incluindo o crescimento espetacular de suas vendas online, sua atividade continua sendo afetada por aluguéis de lojas desproporcionalmente altos, que não são mais sustentáveis”, explicou a subsidiária americana em um comunicado.
O grupo listado na Bolsa de Valores de Hong Kong, que recentemente integrou um novo CEO, Yves Blouin (ex-Chanel), também disse que está “perto de ter concluído a reorganização de seus escritórios”.
Em outubro do ano passado, a empresa anunciou um plano de reestruturação global envolvendo o corte de 300 empregos.
Na França, segundo o jornal La Provence, serão eliminados 60 empregos nos laboratórios da M&L, responsáveis pela formulação e fabricação dos produtos, incluindo 54 cargos baseados em Manosque e 6 em Paris, nas equipes administrativas.
Um plano de salvaguarda do emprego foi implementado.
Nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2020/21, o grupo (L’Occitane en Provence, L’Occitane au Brésil, Erborian, Melvita) viu suas vendas globais caírem 5,4%, atingindo 1,189 bilhão de euros, enquanto as vendas online aumentaram 71,8%.
Nos Estados Unidos, o volume de negócios caiu 16,7%, para 198 milhões de euros.
A L’Occitane International opera em 90 países por meio de 3.000 pontos de venda, incluindo cerca de 1.500 filiais.