Amokarité: conheça a marca de maquiagens sólidas naturais e veganas

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A sócias Estephanie Racy e Clara Klabin

Com produtos multifuncionais, a label incentiva a diminuição da geração lixo na indústria de cosméticos.

Em 2019, quando se tornou vegana, Estephanie Racy começou a estudar sobre cosméticos naturais e a produzir seus próprios produtos.

Cada vez mais especializada no assunto, a publicitária se deu conta da qualidade do que estava produzindo, apresentando suas criações para parentes e amigos.

Foi assim que nasceu a AmoKarité, com a venda do excesso do que produzia para si mesma.

“A Estephanie lia nos rótulos a composição dos produtos que temos hoje no mercado tradicional de cosméticos e aquilo não fazia sentido, pelos ingredientes, suas origens e os testes em animais, mas também pelo preço.

ntão ela começou a produzir para ela produtos 100% naturais e veganos e muito bons.

Porque a pigmentação dos produtos da AmoKarité é incrível e nós viemos para o mercado de cosméticos naturais provando para o mundo que para ser natural, não precisa ser sem graça”, conta Clara Klabin, sócia de Estephanie.

Rapidamente, o negócio se tornou seu trabalho principal, fazendo a empresária abrir mão da publicidade e focar na produção e venda das maquiagens. Interessada no mercado e consumidora de cosméticos naturais, Clara, que trabalhava com reflorestamento urbano, conheceu Estephanie em 2020 e alinhou sua motivação profissional à empresa.

“Nos preocupamos muito com o que usamos na gente, mas e o planeta?

Geramos muito lixo com cosméticos.

Estou muito ciente que meu primeiro blush, que usei aos 16 anos, está por aí.

Está longe de mim, mas está no planeta.

Comecei a buscar por embalagens mais sustentáveis para levar esses produtos naturais para as pessoas.

Nasci em uma família que trabalha com papel, então trouxe esta opção biodegradável para fazer embalagens para os cosméticos.

Os testes começaram a não dar certo quando os produtos eram líquidos, então percebi que eles precisariam ser sólidos ou pastosos para esse match funcionar.

Foi então que encontrei a Estephanie, que já tinha uma linha enorme de produtos com essa consistência.

Então a possibilidade de colocá-los em uma embalagem de papel se tornou real”, conta Clara.

A quantidade de plástico necessário para dar continuidade à linha de Estephanie era um dos fatores que mais a incomodava.

“Além disso, na maquiagem tradicional, estamos acostumados a ter um produto para o lábio, um blush, um para olhos.

Para ter um nécessaire completo, precisamos ter mais de 20 produtos e isso me incomodou”, completa Estephanie.

Foi então que a marca tirou de linha os produtos unitários e apresentou as frutinhas multifuncionais.

“É um pedaço de pigmento 100% natural que você pode aplicar com os dedos, diretamente na pele ou com diferentes pincéis.

E você consegue fazer várias maquiagens com cinco ou seis produtos só”, explica Estephanie.

Atualmente, os principais ingredientes usados pela marca são cera de coco, cera de carnaúba, cera de candelila e manteiga de karité (que deu origem ao nome da marca) – todas as substâncias são hipoalergênicas.

Os produtos multifuncionais são embalados em papel celofane biodegradável, que pode ser depositado na composteira.

A marca ainda não é completamente livre de plástico, porque alguns produtos, como a base líquida, ainda necessitam deste tipo de embalagem, mas o objetivo é reduzir cada vez mais o uso deste material.

Por isso, a pesquisa sobre os melhores caminhos para as embalagens nunca para.

“Lancei a marca no início de 2020 e a loja virtual no início da pandemia.

Quando veio a notícia do coronavírus, as pessoas próximas de mim e, eu mesma cheguei a pensar isso, diziam que com todo mundo em casa, quem iria querer se maquiar?

Acabou com o meu negócio.

Só que na verdade, a função da maquiagem natural é tratar a pele, hidratar e fazer bem, alavancou.

Então foi o contrário, as pessoas queriam continuar se sentindo bonitas dentro de casa e, ao mesmo tempo, hidratando e nutrindo a pele, secando uma espinha, amenizando uma mancha – porque os produtos têm essa função, já que uso muita argila branca e óleo de melaleuca nas formulações”, fala S. sobre os desafios trazidos pela pandemia.

Para tocar a marca mais de perto, S se mudou de São Paulo para Gonçalvez, cidade mineira que é famosa por seus produtos orgânicos.

A mudança a aproximou de fornecedores, opções e inovações para a marca.

“A gente quer que a AmoKarité seja o novo normal e que muitas empresas reconheçam que as coisas mudaram, que não faz mais sentido continuar fazendo o que se fazia.

Até porque está claro, mundialmente falando, que não deu certo”, finaliza Clara.