Levantamento da plataforma de tecnologia para recursos humanos Gupy mostra que houve aumento de 217,48% nas contratações de profissionais com idades entre 40 e 50 anos no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
Das cerca de 60 mil vagas anunciadas por mês na plataforma no primeiro semestre, 10% dos contratados pelas empresas têm entre 40 e 50 anos.
Os setores que mais geraram empregos para os profissionais dessa faixa etária foram:
- Serviços: 16,68%
- Varejo: 16,10%
- Saúde: 15,06%
- Telecomunicações: 8,87%
- Atacado: 6,77%
- Tecnologia da Informação: 4,74%
Em setores como educação, o crescimento passou de 600% nas contratações dos profissionais mais velhos em comparação ao ano passado.
Veja os setores com maior crescimento nas contratações de profissionais entre 40 e 50 anos:
- Educação: 658,62%
- Saúde: 479,90%
- Siderúrgica: 448,48%
- Indústria em geral: 351,08%
- Logística: 350,50%
- Serviços: 238,37%
- Telecomunicações: 226,23%
- Tecnologia da Informação: 176,95%
- Varejo: 166,49%
- Bens de consumo: 81,54%
Já as áreas de atuação que geraram mais empregos para esses profissionais no primeiro semestre foram:
- Operações: 30,14%
- Serviço ao Cliente: 17,74%
- Tecnologia: 12,17%
- Comercial: 11,32%
- Finanças e Administração: 9,48%
O levantamento mostra ainda crescimento significativo em algumas áreas nas contratações dos profissionais mais velhos em comparação ao ano passado, passando de 1.000% no caso de contabilidade.
Veja abaixo:
- Contabilidade ou Controladoria: 1.261,54%
- Jurídico: 690%
- Marketing & Comunicação: 600%
- Recursos Humanos: 478,26%
- Operações: 477,16%
- Serviço ao Cliente: 168,39%
- Tecnologia: 53,02%
- Comercial: 293,23%
- Finanças e Administração: 150,48%
- Logística: 195,18%
Mariana Dias, CEO e cofundadora da Gupy, observa que é comum relacionar a área de tecnologia com profissionais mais jovens, o que é uma realidade entre os desenvolvedores, mas trata-se de uma área extremamente estratégica para as empresas e que muitas vezes precisa de líderes seniores, o que estimula uma troca de conhecimento e experiências entre as gerações.
“Podemos observar este mesmo cenário nas áreas que tiveram um maior crescimento nas contratações de profissionais nesta faixa etária em comparação com o ano passado, como Jurídico, Contabilidade e Recursos Humanos, pois são áreas que ganharam uma relevância ainda maior dentro das empresas desde o início da pandemia, com destaque para o RH, que precisou lidar com toda a adaptação da empresa ao trabalho remoto e liderar a transformação da empresa para esta nova forma de trabalhar e de contratar colaboradores”, diz.
Cargos em alta
Analisando apenas as contratações de pessoas entre 40 e 50 anos, os cargos que mais empregaram profissionais dessa faixa etária no primeiro semestre foram:
- Operador: 36,90%
- Auxiliar: 17,32%
- Técnico: 13,02%
- Analista: 11,7%
- Especialista: 5,66%
- Supervisor: 5,21%
- Consultor: 3,48%
- Gerente: 3,43%
- Coordenador: 1,84%
- Desenvolvedor: 0,63%
- Diretor: 0,28%
- Estagiário: 0,26%
- Trainee: 0,25%
Ao comparar as contratações de profissionais mais velhos com o total de todas as idades, os cargos com maior volume de contratações na faixa de 40 a 50 anos são:
- Gerente: 18,17%
- Coordenador: 16,65%
- Supervisor: 14,74%
- Técnico: 14,46%
- Especialista: 12,48%
- Consultor: 10,31%
- Operador: 7,45%
- Auxiliar: 6,42%
- Analista: 5,76%
- Diretor: 4,95%
- Trainee: 4,33%
- Desenvolvedor: 3,26%
- Estagiário: 0,42%
Esses últimos dados mostram que os cargos com maior volume de contratações nessa faixa etária são de liderança, como gerência e coordenação, que tiveram um volume menor de vagas em comparação com os cargos de operação.
Mariana Dias destaca ainda o volume de contratações de profissionais entre 40 e 50 anos para vagas de trainee e estágio.
“Algumas empresas estão começando a realizar programas afirmativos para atrair mais diversidade para as suas equipes.
É uma tendência que beneficia as empresas, que conseguem aumentar a diversidade e contar com a experiência desses profissionais, que têm a oportunidade de se desenvolver em áreas novas, como tecnologia, e aprender a trabalhar em ambientes mais dinâmicos e inovadores, muito diferentes se comparado à maneira que se trabalhava há 10 anos”, diz.