Levantamento Afroconsumo 2021, elaborado pela NielsenIQ, consultoria global especializada em varejo revela que o consumo das famílias negras e brancas é muito semelhante nas diversas categorias de produtos.
No entanto, essa prevalência do consumo das famílias negras não é acompanhada pela indústria e varejo.
De cerca de 110 fabricantes de protetor solar, por exemplo, apenas quatro têm produtos afro.
As informações são da Folha de S.Paulo.
A Cesta Afro, que reúne as linhas de protetor solar/bronzeador, xampu, pós-xampu, maquiagem e modeladores de cabelo voltados à população negra, representou 6,5% do mercado total de higiene e beleza, o equivalente a um consumo de R$ 657,1 milhões, nos 12 meses de outubro de 2020 a setembro de 2021.
O mercado de higiene e beleza como um todo, entre outubro de 2020 e setembro de 2021, movimentou R$ 10,11 bilhões.
Nele, o principal produto é o xampu (41,6% das vendas). Mas, na Cesta Afro, a categoria mais vendida é o pós-xampu (61%), seguida por xampu (27,7%), protetor e bronzeador (7,8%), maquiagem (2,2%) e modelador de cabelo (1,3%).
De acordo com o levantamento, a Cesta Afro não está devidamente representada no canal de farmácias – que responde por 26,4% das vendas de produtos afro, frente à média de 34,7% das vendas de higiene e beleza em geral.
Em contrapartida, existe uma presença maior dos produtos da Cesta Afro no canal atacarejo, que responde por 25,7% das vendas da cesta, enquanto que, do mercado de higiene e beleza como um todo, representa 21,7%.
Também o canal perfumarias responde por uma fatia maior da Cesta Afro, quando comparado às vendas de higiene e beleza em geral: 8,6%, frente a 6,10%.
A maquiagem afro, por exemplo, só aparece em 10% das farmácias, enquanto a categoria maquiagem alcança quase 100% do canal.
Da mesma maneira, o pós xampu afro chega a 50% dos supermercados (autosserviço), enquanto a categoria pós xampu está em praticamente todos os pontos.
Também nos supermercados, a categoria protetor solar chega a 80% das lojas, nas quais o produto da cesta afro simplesmente não existe.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico