A Davene vai começar a vender seus produtos pelo sistema porta a porta.
Segundo reportagem do Estado de S.Paulo, em recuperação judicial desde 2011, a fabricante de itens de higiene e beleza tem 98% de seu faturamento proveniente do varejo tradicional e 2% do comércio eletrônico, que começou a funcionar no ano passado.
A empresa diz esperar que, até o fim do próximo ano, a venda direta responda por 8% a 10% das vendas e o e-commerce, por cerca de 6%. pontapé para a entrada no porta a porta foi dado este mês, na Grande São Paulo.
A meta da companhia é chegar a 500 revendedoras até o fim do ano nas cidades da região.
Elas poderão oferecer, por meio de catálogo e aplicativo, 250 itens produzidos pela Davene, entre perfumaria, hidratação e produtos para cabelo.
Ao entrar na venda porta a porta, a estratégia é ganhar capilaridade e evitar o risco associado ao fechamento das lojas, em uma eventual nova onda da pandemia, como tem acontecido na Europa.
Também seguir a tendência e atuar em vários canais de distribuição.
O objetivo é expandir a venda direta para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a partir do segundo ano de atuação. Em três anos, quer estar em todas as capitais.
Para Eugênio Foganholo, sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, é uma boa estratégia para o momento de alto desemprego.
“A venda direta encontra uma massa de pessoas, potencialmente revendedoras, ávidas por renda adicional”, diz.
Porém, ele afirma que o varejo tradicional pode se sentir melindrado com a entrada da marca na venda direta e isso pode resultar em “conflito de canal”.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico