O setor de fragrâncias e cosméticos de prestígio no Brasil alcançou resultados expressivos no primeiro semestre de 2024. De acordo com dados da Circana, o mercado registrou um faturamento de mais de R$ 1,8 bilhões, com mais de cinco milhões de unidades vendidas. Comparado ao mesmo período de 2023, isso representa um crescimento de 18% em valor e 11% em volume de vendas.
O comércio eletrônico também manteve sua trajetória de alta, com uma expansão de 13%. Assim como as lojas físicas, que cresceram 20% em relação ao primeiro semestre de 2023. Segundo Ana Seccato, Diretora Comercial da Circana, “as lojas físicas voltaram a se fortalecer em 2024, com a abertura de novas unidades, mas a combinação dos canais mostra que os consumidores valorizam tanto a conveniência do online quanto a experiência presencial”.
Todas as categorias se destacaram
A maquiagem foi a líder de vendas, com 25% de aumento. Produtos como blushes, corretivos, batons e gloss também se destacaram no crescimento, impulsionados por tendências nas redes sociais, especialmente no TikTok, e por novos lançamentos que atraíram a atenção dos consumidores.
Segmentos com maior procura
O segmento de skincare também apresentou resultados acima da média, com um crescimento de 18% em relação ao ano passado. Produtos de cuidado corporal e proteção solar tiveram destaque, com ênfase em itens que combinam proteção FPS e cuidados específicos.
As fragrâncias, mesmo com 15% de crescimento, ficaram um pouco abaixo da média geral do mercado. O desempenho foi impulsionado por lançamentos recentes, que contribuíram com 80% do crescimento no período. Destaque para os novos produtos de 2024, que representaram 31% desse aumento. A Circana apontou que o aumento de 10% nos preços médios das fragrâncias impactou o crescimento, especialmente nas vendas online, enquanto as categorias de maquiagem e tratamento tiveram um reajuste de preço mais moderado.
Ana Seccato ressaltou a relevância do desempenho do mercado de beleza de prestígio no Brasil, destacando que o crescimento supera o ritmo global. “A América Latina novamente performa acima da média global, com Brasil e México liderando os resultados, apoiados pelas inovações da indústria”, finaliza.