Amyi investe em jornada multissensorial para educar brasileiro sobre perfumaria

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Quando Larissa Mota e Luciana Guidi decidiram criar a Amyi, elas queriam não apenas vender perfumes, mas ensinar os brasileiros sobre perfumaria.

Com experiências anteriores em empresas do ramo beleza (ambas passaram por Mary Kay e Mota trabalhou na Givaudan em Nova York), elas fundaram a startup de perfumaria de nicho há dois anos, investindo em uma jornada multissensorial de compra.

Plataforma de experimentação online

O brasileiro é apaixonado por perfume

Somos o segundo maior mercado de perfumaria do mundo e primeiro em consumo per capita em litros, chegando a quase três vezes o consumo da França.

Apesar disso, ainda não somos referência em inovação e o consumidor pouco sabe sobre rotas olfativas, ingredientes e essências.

Queremos ajudar a educar os brasileiros sobre perfumaria”, diz Guidi.

Mota lembra do grande desafio que é acertar na escolha de uma nova fragrância e isso não apenas em compras virtuais.

Quem nunca se arrependeu ao descobrir que o cheiro mudou completamente depois de meia hora que você experimentou um perfume na loja?

Isso acontece porque não houve tempo de entender como o perfume evolui.

As notas de saída evaporam muito rápido e o cheiro que fica no restante do dia não é o perfume que você sentiu na hora da compra”, explica.

Para uma escolha mais assertiva, elas criaram uma plataforma de experimentação online.

O cliente responde a um questionário sobre suas preferências, perfil e comportamento e adquire um kit com miniaturas de 7ml dos perfumes e fitas olfativas para a avaliação virtual.

Intuitiva e fluida, ela associa as fragrâncias Amyi a cores, texturas, sons e memórias.

Auxiliamos o consumidor a observar os ingredientes e as rotas olfativas que o agradam ou não agradam”, explica Guidi.

A depender do pacote contratado, o cliente tem até três meses para escolher o perfume com que mais se identifica e recebe-lo em casa, em uma versão de 100ml.

A experiência desenvolvida pela Aymi foi destaque em um estudo sobre a extensão da jornada de compra e inovação em perfumaria realizado pela WGSN, líder em tendências de comportamento e consumo, sendo a única empresa brasileira citada.

Buscamos não apenas inovar na maneira de escolher e comercializar perfumes no Brasil, mas transformar o mercado em si.

Esse é só o começo.

Vamos continuar ajudando os brasileiros a ter mais conhecimento sobre perfumaria para então podermos criar perfumes verdadeiramente personalizados para cada um de nossos consumidores, com a ajuda de inteligência artificial”, revela Guidi.

O potencial criativo dos perfumistas

Por ora, as fragrâncias são criadas com total liberdade por perfumistas brasileiros de grandes casas internacionais, como GivaudanTakasago e Symrise.

Acreditamos muito no potencial dos perfumistas brasileiros e trazer diferentes visões enriquece ainda mais nossa proposta”, diz Guidi.

Poucos sabem, mas há mais astronautas no mundo do que perfumistas e 20% deles estão no Brasil.

Queremos dar visibilidade a esses grandes artistas e transformar a perfumaria brasileira em referência de tendência mundial”, acrescenta.

A segunda coleção Amyi – sem gênero, vegana e com ingredientes inusitados, como jasmim absoluto do Egito, madeira oud envelhecida, ruibarbo e iris negra – foi lançada há poucos meses.

Depois de ter um perfume finalista na edição 2020 do “The Art and Olfaction Awards”, a empresa recebeu um investimento de R$ 1 milhão de grupo de investidores-anjos, possibilitando a expansão do portfólio e o crescimento da estrutura em 2021.

Guidi se diz entusiasta do modelo de vendas online e direto ao consumidor, mas pensa na ampliação do negócio.

Acreditamos na expansão de canais de venda para alcançar mais pessoas, mas só daremos esse passo se levarmos para o ponto de venda o conceito da Amyi, educativo e sensorial.

Não somos apenas uma marca de perfumaria tradicional”, finaliza.