Segundo a 4ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 75% das micro e pequenas empresas usaram as redes sociais para impulsionar as vendas desde o início da pandemia. Em maio de 2020, eram apenas 59%.
A pesquisa foi publicada em 2023 e contou com 5.789 entrevistas em todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal. Dentro deste número, 61% são MEI, 34% donos de médias empresas e somente 6% são empresas de pequeno porte (EPP).
Um dado interessante da pesquisa é que os Microempreendedores Individuais (MEI) são os mais adeptos às novas tecnologias, com 76% de uso. Enquanto as micro e pequenas empresas têm 73% aderindo à digitalização de processos.
Por que isso está acontecendo?
Grande parte do motivo de as empresas aderirem mais às redes sociais, segundo Décio Lima, presidente do Sebrae, para a Exame, deve-se à alteração no padrão de consumo do mercado. “Essa é uma mudança que veio para ficar. No próprio portal do Sebrae, já havíamos identificado um crescimento de 220% na procura por conteúdos sobre o mercado digital, somando 8 milhões de acessos entre 2019 e 2022”.
Essa mudança na forma de fazer negócios tem relação direta com a quantidade de potenciais clientes presentes nas redes sociais no Brasil. De acordo com um estudo realizado pelo We Are Social, referência na pesquisa sobre redes sociais, 85% dos brasileiros estão presentes em alguma rede social, sendo o WhatsApp a mais usada, seguida por YouTube e Instagram.
E quem não tem presença digital?
O presidente do Sebrae ainda comenta que 25% dos entrevistados não possuem presença digital, e isso pode ser fatal para os negócios. “Essa é uma questão de sobrevivência para os pequenos negócios. É importante estar inserido nesses canais digitais, usar de forma proficiente os recursos que a internet oferece”, afirma.
Essa falta de presença nas redes sociais pode impedir o aumento da taxa de conversão de clientes, o que impacta o fluxo de caixa. De acordo com outro estudo elaborado pela Visa, 80% dos consumidores disseram que um site fácil de usar ou programa de fidelidade online são fatores cruciais que fazem eles finalizarem suas compras de maneira digital.
Por conta disso, é essencial que os negócios se modernizem. Um grande exemplo é o ramo imobiliário. Criar um site para imobiliária pode aumentar as chances de um possível comprador se sentir atraído pelo empreendimento e fechar o negócio.
Isso faz parte das projeções feitas pelos dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que apontam que o valor arrecadado pelo e-commerce deve chegar a R$ 237 milhões em 2027, uma alta de quase 50% em um intervalo de quatro anos.
Portanto, manter-se atualizado nas tendências de mercado e possuir uma presença digital é essencial para a consolidação e fidelização da marca, e até mesmo para a captação de novos clientes e para superar a concorrência.
(Giro News).