Como de praxe, a Cimed fez barulho com o lançamento de um perfume para partes íntimas, que envolveu até parceria com a cantora Anitta.
Faltou só combinar com a comunidade médica.
Reportagem da Folha de S.Paulo alerta que desodorantes ou perfumes para regiões íntimas não são recomendados por médicos.
Isso porque, além de alterar o pH, o uso provoca um desbalanceamento da flora vaginal e pode acobertar o cheiro natural da vagina.
“O pH é ligeiramente ácido.
E é exatamente essa acidez que protege e inibe a proliferação de bactérias.
Quando usamos um cosmético nessa região, pode ocorrer um desbalanceamento da flora, que leva à perda desse mecanismo de proteção”, advertiu a ginecologista Amanda Lino, da clínica Neo Vita.
Perfume para partes íntimas pode esconder infecções
O odor é uma maneira de os médicos identificarem se há alguma infecção no local, já que doenças como candidíase e vaginose possuem um cheiro específico.
A candidíase é caracterizada por um odor parecido com o de água sanitária. Já a vaginose bacteriana, além da mudança no cheiro, vem acompanhada de um corrimento branco pastoso.
Segundo a Cimed, a fórmula de Puzzy foi 100% desenvolvida pela Cimed, com aprovação da Anvisa, além de ter passado por testes ginecológicos e dermatológicos.
O produto foi inspirado na rotina de Anitta.
A artista também participou de todo o processo de desenvolvimento da marca, desde nome, logo, identidade visual das embalagens, até a escolha das fragrâncias e comunicação.
Como co-criadora, ela receberá uma parte das vendas do produto.
Até o final do mês o produto estará disponível em mais de 60 mil farmácias de todo o país e, futuramente, deve ser exportado para os EUA e México.