Nas redes, dados pessoais ainda sem controle

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Informações valem ouro para empresas, e privacidade muitas vezes fica em risco. Lei que protege usuário só entra em vigor em 2020.

A lista das companhias mais valiosas do mundo mostra que o petróleo, o ouro negro, foi substituído por outra riqueza: os dados pessoais.

Empresas como Alphabet (dona da Google) e Facebook deixaram para trás a gigante Exxon Móbil, que reinou no ranking na década passada.

Em comum, elas geram parte considerável das receitas oferecendo serviços gratuitos para coletar informações dos usuários, que abastecem as duas maiores plataformas de publicidade do planeta.

Para medir essa relação assimétrica com o consumidor, governos estão criando leis específicas. Na Europa, o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados entrou em vigor em maio do ano passado e, no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados passa a valer em agosto de 2020.

-É um avanço importante, por estabelecer regras sobre de que forma as empresas devem lidar com dados dos consumidores, como o consentimento, a transparência e o direito ao esquecimento (eliminação das informações), explica Ferraz, diretor da agência In Loco.

A nova lei garante aos consumidores uma série de direitos e, às empresas deveres. Na prática, as pessoas passam a ser donas das suas informações, podendo exigir das companhias acesso aos dados coletados, às políticas sobre a finalidade de uso e até mesmo a eliminação das informações.

Já as empresas devem coletar apenas os dados necessários e somente com o consentimento expresso dos consumidores.