Novas regras criadas pelo governo levam brasileiro a mudar sua relação com o FGTS

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A partir do ano que vem, o brasileiro poderá escolher uma nova forma de usar os recursos do FGTS. Até agora, o trabalhador só tinha acesso a essa poupança compulsória em casos de demissão sem justa causa, aposentadoria ou em situações específicas, como doença grave e compra de imóvel. Na semana passada, o governo anunciou a criação so saque-aniversário, que permitirá, uma vez por ano, a retirada de parte do valor depositado no Fundo pelos empregadores.

A possibilidade de aderir a essa nova modalidade, onde cada um vai poder decidir o que fazer com uma parte do seu dinheiro, levantou dúvidas e causou preocupação entre os trabalhadores, ainda mais em um cenário de desemprego elevado, com 13 milhões de desempregados, e uma baixa cultura de poupança. Ao optar pelo saque anual, o trabalhador fica impedido de tirar o FGTS em caso de demissão sem justa causa por dois anos.

Consciência financeira

Analistas financeiros dizem que é preciso pesar muito bem fatores como a existência de poupança ou dívida e a estabilidade no emprego antes de decidir.

-Eu estou empregado? Estou me sentindo “estável”? Tenho recursos para viver por dois anos em caso de demissão? Se você deu resposta positiva a todas elas, pode sacar. Do contrário, melhor deixar os recursos no fundo – sugere Ana Leoni da Anbima, que reúne instituições financeiras.

O brasileiro está vivendo mais e o próprio mercado de trabalho tem mudado. As pessoas vão precisar se organizar e poupar por mais tempo.