Serviços agonizam

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Sem nova rodada de ajuda do governo, empresas fecham as portas e demitem.

A falta de ação do governo federal no combate à pandemia está levando empresas a reviverem o pesadelo de março de 2020.

Com reservas financeiras exauridas e caixa à míngua, principalmente no setor de serviços – que responde por 70% do PIB do país – companhias e especialistas afirmam que, sem o retorno de medidas de socorro, haverá disparada no desemprego e no fechamento de negócios.

De todas as crises, esta está sendo a pior.

Não tem banco, não tem ajuda, não tem empréstimo, os preços subiram e não tem como repassar ao cliente.

Agora os empresários estão enfrentando o vencimento dos empréstimos do Pronampe e sem caixa.

Em fevereiro, um de cada cinco empresários estava com a dívida atrasada.

Rubens Massa, professor da FGV destaca que o governo tarda em anunciar socorro: – Nas pequenas empresas, é morte por inanição.

Não têm mais de onde tomar recurso e já queimaram as reservas.

O efeito se multiplica porque cada dívida não paga é um fornecedor que deixa de receber.

No varejo, a situação se repete.

Em 2020, mais de 75 mil lojas encerraram suas atividades no país.

Eduardo Seixas, diretor de reestruturação de empresas da Alvarez & Marsal, pontua que há grandes empresas que saíram fortalecidas da crise.

E, no todo, a ajuda do governo em 2020 jogou para frente a explosão de pedidos de recuperação judicial: – esse movimento deve vir neste ano.

Estimamos aumento de 53% nos pedidos de recuperação judicial. Mesmo empresas que resolveram entraves vão morrer na praia diante do agravamento da pandemia, a depender do que será anunciado pelo governo federal.