Um dia de pânico no mercado resumido em 3 minutos

No momento, você está visualizando Um dia de pânico no mercado resumido em 3 minutos

Se você ficou ausente nesta segunda-feira, sem conferir as oscilações dos seus investimentos, foi poupado de um verdadeiro pânico que tomou conta dos mercados financeiros.

Como se não bastasse o estresse gerado pela epidemia do coronavírus, que tem alimentado cada vez mais preocupações com relação ao ritmo da atividade econômica mundial, hoje os preços do petróleo despencaram e arrastaram os preços de ativos de risco junto.

O fracasso no acordo para a redução na produção de petróleo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia levou a Arábia Saudita a anunciar já no sábado que praticará descontos de 20% no preço do barril. Para piorar, perto do fim da sessão, a Rússia disse estar pronta para suportar uma guerra de petróleo com os sauditas por até uma década.

Como resultado, a cotação do barril do petróleo tipo Brent – usado como referência pela Petrobras – desabou 24,1%, a US$ 34,36. Já o WTI despencou 25,07% a US$ 30,93. 

O estrago foi global, com mecanismos de circuit breaker acionados nos mercados americano e brasileiro. Por aqui, todas as operações na Bolsa ficaram fechadas das 10h33 às 11h03, e o Tesouro Direto também interrompeu as negociações de títulos públicos.

O Ibovespa fechou em queda de 12,17%, aos 86.067 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 43,9 bilhões. Este foi o pior pregão da Bolsa desde 10 de setembro de 1998, quando o índice recuou 15,82%. As ações da Petrobras tiveram baixas em torno de 28%.

Com a queda, a Bolsa devolveu toda a alta de 2019, voltando ao patamar de 27 de dezembro de 2018, quando o Ibovespa fechou a 85.460 pontos.

No mercado cambial, o dólar não para de subir, embora o movimento do dia tenha sido mais contido que o da Bolsa. O dólar se apreciou em 1,97% a R$ 4,7251 na compra e a R$ 4,7256 na venda.

E nada indica que as incertezas vão se dissipar tão rapidamente.