Em reação às sanções impostas ao país, o contestado líder da Bielo-Rússia proibiu três grandes empresas alemãs, incluindo a Beiersdorf, dona da Nivea, de negociar seus produtos.

A Nivea não ficará mais nas prateleiras de beleza da Bielo-Rússia após a proibição do governo de importação e venda de produtos fabricados pela multinacional alemã Beiersdorf.

A decisão foi em resposta às sanções impostas ao país, que privou o país de suas funções de co-anfitrião para o Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo de 2021 com a Letônia.

A Nivea, patrocinadora do evento, junto com outras duas empresas alemãs Skoda Auto e Liqui Mol – também agora banidas do país – ameaçaram retirar seus acordos de parceria se o governo da Belrusia sediar o torneio em sua capital, Minsk.

Em 18 de janeiro de 2021, a Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF) fez o anúncio de que a Bielo-Rússia não teria permissão para hospedar sua parte do torneio, citando “questões de segurança”.

A Bielorrússia tem experimentado agitação política desde a polêmica reeleição do presidente Alexander Lukashenko, que buscou seu sexto mandato, nas eleições de 2020; que viu seu principal rival Sviatlana Tsikhanouskaya, que alegou ter conquistado a maioria dos votos, fugir para a vizinha Lituânia.

Desde a contagem dos votos em agosto, o país viu seus maiores protestos antigovernamentais da história do país.

A UE, os EUA e o Reino Unido impuseram sanções à Bielorrússia, visando funcionários de alto escalão no país por seus atos contra os direitos humanos.

“O Conselho decidiu hoje prolongar até 28 de fevereiro de 2022 as medidas restritivas dirigidas a altos funcionários responsáveis ​​pela repressão violenta e intimidação de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas na Bielo-Rússia, bem como os responsáveis ​​por fraude eleitoral”, escreveu Conselho da UE.

Enquanto isso, a Belarus Feed informou que o vice-ministro da Saúde do país, Alexander Tarasenko, assinou um acordo para proibir temporariamente produtos de marca registrada devido a violações da marca de cuidados com a pele.

Segundo Tarasenko, ocorreram casos de “não cumprimento do prazo de validade e falta de controle da produção por parte das entidades empresariais em relação aos produtos de perfumaria e cosméticos comercializados”.

Um porta-voz da Beiersdorf disse à Cosmetics Business : “Na Beiersdorf, servir nossos consumidores é de extrema prioridade e o fazemos de acordo com os mais altos padrões globais de qualidade, segurança e conformidade.

“Tomamos nota do decreto bielorrusso e da lista estabelecida de bens proibidos de importação e venda no território da República da Bielorrússia. E confirmamos que os produtos Beiersdorf atualmente não podem ser importados para a Bielo-Rússia.

“Estamos investigando o assunto, mas, por favor, entenda que não podemos comentar mais sobre o decreto.”