A L’Oréal anunciou DIA 11/02 que registrou queda de 5% no lucro líquido em 2020, para 3,56 bilhões de euros, uma vez que a pandemia impactou o volume de negócios da gigante francesa de beleza.
Após ter alcançado um forte crescimento em 2019, a empresa registrou vendas de 27,99 bilhões de euros no ano passado.
À taxas de câmbio e perímetro constantes, este volume de negócios representa uma diminuição de 4,1%.
No entanto, estes números continuam acima das expectativas do consenso dos analistas compilado pela Factset.
A margem operacional ficou em 18,6%.
Em comunicado, Jean-Paul Agon, CEO da L’Oréal, destacou:
“A pandemia de Covid-19 que se alastrou pelo mundo provocou, através do fechamento generalizado dos pontos dos pontos de venda, uma crise de oferta que conduziu a um declínio sem precedentes, ainda que momentâneo, do mercado da beleza.”
O executivo disse, no entanto, estar confiante na capacidade da L’Oréal “de superar o mercado e, dependendo da evolução da crise sanitária, alcançar um ano de crescimento do volume de negócios e dos resultados” em 2021, sem dar mais detalhes.
Por ramo de atividade, a situação é díspar.
As vendas da principal divisão do grupo, os produtos de consumo de massa, caíram 4,7% em dados comparáveis, para 11,7 bilhões de euros.
A L’Oréal Luxo, dedicada aos produtos de beleza premium (Lancôme ou Yves Saint Laurent), teve uma queda de 8,1% no ano, para 10,2 bilhões de euros.
A divisão de produtos profissionais sofreu o impacto do fechamento dos salões de beleza na primavera (-6,4% para 3,1 bilhões de euros), embora tenha recuperado o crescimento no segundo semestre.
Por outro lado, a divisão de Cosmética Ativa continuou o seu ímpeto (+18,9% para 3 bilhões de euros), ainda impulsionada pela Ásia e pela América do Norte.
A situação permanece contrastante dependendo da região.
A Ásia-Pacífico, agora o maior mercado do grupo, se beneficiou de uma recuperação no segundo semestre do ano e cresceu 3,5% em dados comparáveis (+1,5% em dados publicados), com um forte crescimento no quarto trimestre (+16,6% em dados comparáveis).
Por outro lado, a Europa Ocidental, o segundo maior mercado da L’Oréal, viu as suas vendas caírem 10,3% ao longo do ano em uma base comparável. A América do Norte recuou 7,4%.
A L’Oréal irá propor um dividendo de 4 euros, um aumento de +3,9%, em comparação com o dividendo pago em 2020.
Além disso, o conselho de administração irá propor à assembleia geral a nomeação a administrador independente de Alexandre Ricard, CEO do grupo Pernod Ricard.