Preços mais altos dos alimentos contribuem para o aumento do faturamento de supermercados e atacarejos, em fevereiro.
Eletrodomésticos ficaram em segundo lugar (54%) e eletrônicos em terceiro (49%).
Focando nos dados regionais, 69% dos paulistanos parcelaram compras no setor de alimentação/supermercado.
Os cariocas não ficam muito atrás, com 56%.
Ainda segundo levantamento, 38% dos entrevistados trabalham e precisam se deslocar até o serviço; 50% dos cariocas precisam fazer esse deslocamento.
Já os paulistas se destacam no trabalho remoto (48%).
Além disso, 25% dos entrevistados precisaram arcar com transporte ou alimentação para trabalhar.
Desses, 17% não recebem nenhum tipo de benefício.
O estudo também apontou que 42% dos cariocas tiveram que arcar com alimentação e transporte para trabalhar no último ano.
Desses, 27% não recebem nenhum tipo de benefício.
E que 17% dos entrevistados que possuem vale refeição ou vale alimentação responderam que não consideram o valor do benefício suficiente e que precisam complementar.
41% já deixou de pagar uma conta para pagar despesas com alimentação.
Já de acordo com o estudo Radar Scanntech, após um início de ano fraco para o varejo alimentar, o mês de fevereiro revela retomada do crescimento nas vendas em valor (+9,2%), ainda abaixo da inflação, mas com menor retração nas unidades vendidas (-1,9%), tanto em supermercado quanto no atacarejo regional.
De acordo com o estudo, a maior frequência do consumidor nas lojas (+3,2%) colabora para o crescimento no mês e, apesar de apresentar menor retração das unidades por compra, elas ainda retraem em torno de (-6%), ou seja, o consumidor brasileiro continua pagando mais e comprando menos produtos.
Ainda segundo o levantamento, das principais cestas que impulsionaram o aumento de vendas em valor, a perecíveis se destaca com o maior crescimento (+11,5%) no ano, seguido por pet com (+11%), mas retraem em unidades. enquanto mercearia básica tem maior importância e apresenta maior crescimento no atacarejo regional (+10,3%), já mercearia, tem maior participação e maior crescimento (+6,4%) no supermercado.
A cesta de tabaco se mantém como a única com crescimento em todos os canais nas vendas tanto em valor quanto em unidades no país.
Outra categoria que chama atenção neste ano e tem importante retomada de vendas em valor (+7,7%) e unidades (0,2%) no mês, é a cesta de bebidas; por outro lado, observando as categorias da cesta básica (arroz, leite UHT e feijão), são quase a totalidade da contribuição de negativa de vendas em valor, evidenciando que os consumidores de menor poder aquisitivo, continuam consumindo cada vez menos itens básicos.
Vale ressaltar que arroz e feijão, além da retração em unidades também entregaram redução de preços.
As regiões Norte (+9,1%), Centro-oeste (+8,7%) e Sul (+7,6%) apresentam crescimento superior de vendas em valor no ano, com destaque para o Sul impulsionado pelo atacarejo regional e a Região Centro-oeste pelo Supermercado.
Já o Estado de São Paulo apresenta retomada de crescimento das vendas em valor no mês, mas ainda abaixo de janeiro deste ano.
O Nordeste tem o pior desempenho do Brasil, puxado pela queda do atacarejo regional.