Mercado de cosméticos Halal se apresenta como promissor para indústrias brasileiras

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No mercado desde 1979, ajudando empresas brasileiras a obter a certificação Halal para exportar para países islâmicos, a FAMBRAS Halal chama atenção para um mercado muito promissor para as indústrias brasileiras: os cosméticos Halal.

A certificadora acaba de receber o reconhecimento da acreditadora GCC Accreditation Center – GAC para certificar cosméticos que poderão ser comercializados em todo o Golfo.

São chamados ‘Halal’ os produtos permitidos pela religião islâmica para o consumo dos muçulmanos.

Para obter a certificação Halal, um produto precisa comprovar, por meio de documentos e análises laboratoriais, que não contém matérias-primas, insumos ou se utiliza de processos produtivos que prejudiquem a saúde, a segurança das pessoas e o meio ambiente, entre outros requisitos.

De acordo com Elaine Franco de Carvalho, coordenadora de qualidade da FAMBRAS Halal, o mercado de cosméticos Halal ainda é tímido em comparação com o de alimentos.

‘Mas cada vez mais, não só muçulmanos, mas todos aqueles que buscam o consumo consciente, querem consumir apenas itens Halal – e isso vale para os cosméticos, vacinas, finanças e até turismo’.

Potencial – Os números revelam um potencial que não pode ser ignorado pelas indústrias brasileiras.

De acordo com dados do State of the Global Islamic Economy Report 2020/21, o mercado de cosméticos Halal movimentará US$ 76 bilhões em 2024. A população muçulmana – composta atualmente por 1,9 bilhão de pessoas – também cresce.

Uma pesquisa divulgada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, mostrou que, apenas entre os consumidores árabes, 15% já compraram algum produto brasileiro – e 45% deles disseram que comprariam cosméticos brasileiros.

A Câmera divulgou, ainda, que os países árabes importaram, em 2020, US$ 8 bilhões em cosméticos – e o Brasil vendeu apenas US$ 17 milhões deste montante, com destaque para produtos capilares e de alisamento.

Os principais fornecedores deste bloco são a França, Turquia, Arábia Saudita, China e Emirados Árabes.

‘Há muitos mercados de maioria muçulmana, bastante populosos, que podem ser explorados, como a Malásia e Indonésia’, destaca Elaine.

‘Como o Brasil tem muitas empresas que já produzem cosméticos veganos, elas podem obter mais facilmente a certificação Halal e ampliar suas possibilidades de ganho e crescimento atendendo a estes mercados’.

Respeito pelos muçulmanos motivou indústria brasileira a investir em certificação Halal – Seis anos atrás, a indústria de produtos capilares, Prolab Cosmetics, decidiu investir em certificação Halal por respeito aos muçulmanos. ‘Eu participava de feiras de beleza nos Emirados Árabes Unidos e queria crescer no mercado muçulmano.

Achei importante ter um diferencial e, assim, mostrar que minha marca, além da qualidade, inovação e eficiência, valoriza o que é fundamental para estes consumidores’, resume Eliana Guerra Torres, proprietária da indústria.

A empresa conta com vários itens certificados – entre tratamentos capilares, coloração e tonalizantes.

Atualmente, exporta para vários países, entre eles o Kwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Marrocos e Estados Unidos – este último, com o objetivo de atender aos muçulmanos que lá residem.

Para os empresários que desejam investir em certificação visando ao mercado Halal, Eliana avisa:

‘O processo de certificação é exigente, assim como os trâmites para exportação.

Mas o mundo da beleza está sempre em crescimento.

Sentir-se bem com a aparência é fundamental para a manutenção da autoestima’.