Na crise, familias tiraram até fralda da cesta de compras

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Com vendas em queda e preço maior, consumidor limita uso do produto.

Em número de unidades comercializadas, o recuo foi de 20,5%, em 2016, e de 7,8%, em 2017, segundo a Kantar. Já em valor, houve diminuição de 15% e aumento de 1,6%, respectivamente. Caiu também a freqüência e o número de lares onde o produto está presente.

– Entre 2009 e 2014, o Brasil registrou grande crescimento no segmento de fraldas descartáveis infantis, puxado pelo ganho de renda da classe média, que passou a ter acesso a um produto de maior valor agregado. A indústria enxergou esse movimento, e os principais fabricantes, como P&G, Kimberly e Hypermarcas, fizeram investimentos em fábricas, inovações e expansão de portfólio. A recessão impôs um freio ao consumo – explica Roberto Vautier, da AGR Consultores.

-A cesta de consumo da população brasileira vem passando por diversas mudanças ao longo dos anos, consequencia da transformação dos hábitos de compra dos brasileiros. Nesse cenário, segundo a Nielsen, houve uma  movimentação negativa no consumo de fraldas descartáveis, que pode ser atribuída à queda de natalidade, fator que vem sendo recorrente no Brasil.

– Nos dois últimos anos, as fraldas caíram entre 20% a 30%. As marcas Premium também perderam muito. Nós fazemos promoções, mas não do tipo queima de estoque, porque nosso objetivo é manter o cliente frequentando nossas lojas – pondera Sergio Leite, diretor comercial dos supermercados Mundial.