O potencial mercado Halal

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A palavra halal significa lícito. Ela diz respeito a tudo o que é permitido e está em conformidade com as regras estabelecidas pelo Alcorão – que rege os costumes e a rotina dos muçulmanos.

“Quando se fala em halal, há uma certa confusão. As pessoas logo pensam em carne. Mas não é apenas isso. Hahal é tudo aquilo que é lícito para o muçulmano. Tudo aquilo que Deus  nos permite no Alcorão sagrado chamamos de hahal. Tudo aquilo que Deus nos proíbe chamamos de haram”, informa o diretor da certificadora Cdial Halal, Ali Saifi.

A certificação halal atesta que os produtos foram rastreados em toda a cadeia (o que envolve matérias-primas, maquinários, equipamentos utilizados na produção, processos de fabricação embalagens e distribuição) e são seguros para o consumo.

Dentre as normas restritivas para a fabricação de produtos halal está a proibição do álcoool, por ser considerado uma substância tóxica. Outra limitação é o uso de derivados de suínos. “O consumo da carne suína está entre os 10 maiores pecados para a religião islâmica”, comenta Saifi.

A representatividade da população muçulmana no mundo e a demanda por produtos com ingredientes naturais compõem um panorama promissor para empresas do setor. “No idioma árabe, as palavras permitido e saudável estão muito ligadas”, ele aponta. Segundo a Cdial Halal, o mercado mundial de halal para cosméticos deve chegar a U$ 300 bilhões até 2021.

Saifi diz que a certificação halal no Brasil chegou começou a pouco tempo, é umj mercado ainda tímido. O Brasil e outros países da América do Sul ainda não descobriram esse mercado como deveriam. Hoje existe um mercado na Ásia e no Oriente Médio muito forte, mas as empresas brasileiras ainda não entenderam essa relevância. Várias empresas no Brasil têm conversado com a gente. Nós oferecemos a certificação para que os produtores locais entrem melhor nesses mercados. Já fechamos com algumas empresas no Brasil, mas não podemos divulgar os nomes, porque não autorizam.

Países líderes no mercado de cosméticos – No mercado mundial, há dois grandes pólos conhecidos como halal: o mercado árabe (região do Golfo) e a Ásia islâmica, principalmente Indonésia, Singapura e malásia. Somados, os três formam um mercado maior que o Brasil, com aproximadamente 400 milhões de muçulmanos. Há também a Índia, com quase 200 milhões de muçulmanos, e a China, que tem mais de 100 milhões.

O muçulmano asiático não aceita nada que não seja halal. Mas não podemos nos esquecer do mercado islâmico em países não-islâmicos, como a Europa, por exemplo, que tem alguns milhões de muçulmanos. A Malásia já compra bastante e a China islâmica precisa muito desses produtos também.