Saiba quais são os primeiros impactos da reforma trabalhista

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A reforma trabalhista completou seis meses em vigor e seus impactos começam a ficar mais claros. Segundo especialistas, os primeiros resultados práticos da nova legislação podem ser considerados positivos. Melhoria nas negociações de contratos de trabalho para empresas e funcionários é um dos avanços mais citados.

 

Trabalho intermitente e home office
Celso Bazzola, diretor executivo da Bazz Estratégia em Recursos Humanos, destaca a possibilidade de rabalho intermitente e em sistema de home office entre as mudanças com maior destaque no interesse dos gestores de RH. Afinal, empresas com maior demanda nos fins de semana, por exemplo, antes enfrentavam dificuldades para contratar trabalhadores, mas agora contam com respaldo legal para ampliar as contratações.
Bônus e premiações
Bazzola observa também maior interesse por parte das empresas na concessão de premiações e bônus pelo bom desempenho de seus empregados após a entrada em vigor da reforma trabalhista.Tenho sentido uma ampliação na procura sobre esses temas pois a lei possibilita que a empresa proporcione mais aos colaboradores sem que seja muito onerada pelos impostos”, explica o diretor da Bazz Estratégia em Recursos Humanos.
Contribuição sindical
Fabiano Giusti, gerente trabalhista da Confirp Consultoria Contábil, percebe que a relação com os sindicatos também mudou depois que a contribuição sindical deixou de ser obrigatória, dependendo agora de autorização do trabalhador para sua cobrança. “Muitas pessoas deixaram de fazer essa opção por não observar vantagens. Já os sindicatos estão tendo que se reinventar, buscando oferecer mais aos trabalhadores sindicalizados”, avalia.
Redução das ações trabalhistas
Se nas semanas antes de a reforma trabalhista entrar em vigor houve uma corrida à Justiça do Trabalho, o cenário atual mostra que a nova legislação fez despencar a quantidade de ações trabalhistas. Levantamento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) mostra que no primeiro trimestre deste ano a quantidade de novos processos ajuizados caiu 44,79%. Porém, ainda não se pode afirmar que o baixo número de ações se consolide como uma tendência, pondera o advogado Mourival Boaventura Ribeiro. Isso porque profissionais que militam na Justiça do Trabalho tem procurado melhor compreender como os Juízes irão julgar as demandas recém ajuizadas, para então definir suas estratégias”, explica o sócio da Boaventura Ribeiro Sociedade de Advogados.