Em meio aos fechamentos de lojas e restrições nos horários de funcionamento e capacidade impostos pelas autoridades para frear o avanço da pandemia de Covid-19, os consumidores, mesmo os mais resistentes, se viram obrigados a migrar em massa para o comércio online, e as marcas que não conseguiram adaptar seus negócios ao novo cenário têm enfrentado sérias dificuldades. 

Apesar disso, segundo uma pesquisa realizada pela empresa brasileira NZN Intelligence sobre a mudança no comportamento do consumidor durante a pandemia, realizada com mais de 11,5 mil usuários da rede NZN sobre 11 setores afetados, mesmo com a opção de compra online, 74% dos entrevistados preferem comprar artigos de vestuário em lojas físicas, por ser possível provar a peça antes de levar para casa; 10% não confia em compras de roupas pelo e-commerce. 
Entre aqueles que optaram pelo digital, 40% atribuíram a escolha à preferência, enquanto 26% disseram não se sentir seguros para sair de casa. Já 25% dos entrevistados preferem comprar em lojas online pela facilidade e 24% pelas condições de pagamento serem melhores.

“Muitas lojas online começaram a oferecer descontos, promoções e frete grátis para seus clientes, por isso 62% dos entrevistados levaram em consideração o valor dos produtos ao fazer as comprar por e-commerce, que muitas vezes podem ser mais baixos que em lojas físicas. Além dos consumidores que se adaptaram à comodidade de realizar compras com apenas alguns cliques no computador e sem sair de casa”, conta Tayara Simões, diretora de receita da NZN. 
Ainda de acordo com o estudo, 54% das pessoas que pretendiam comprar alguma peça de vestuário durante a pandemia não o fizeram; destas, 66% devem comprar apenas quando o cenário atual se normalizar, com 42% ainda tendo preferência pelas lojas físicas e 23% pelo e-commerce.