Sempre o celular…

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A queixa é universal: meu filho, marido, neto, namorado, colega não conversa mais! Minha mulher, irmão, filha, tia mãe, neta não larga a porcaria do celular! Ninguém mais olha pela janela no ônibus! Não se vê mais ninguém com livro ou com jornal no metrô! Em suma: a humanidade olhou para o celular, viu que era bom, ficou viciada e pronto, nada mais foi como antes

Está tão séria a situação que já existem especialistas em desintoxicação tecnológica, e o tema é intensa e constantemente discutido, até mesmo em eventos onde as principais estrelas são produtos desenvolvidos com a finalidade primordial de tornar os celulares ainda mais atraentes. Aos poucos, cria-se uma categoria especial nas livrarias, com títulos que nos alertam contra os perigos da tecnologia, e que prevêem um futuro sombrio para essa nossa espécie que não consegue se conectar fora das redes.

É verdade que objeto algum jamais foi tão atraente quanto o celular, que pode ser tudo ao mesmo tempo…

“Celular: como dar um tempo”, de Catherine Price é o mais recente título da autoajuda tecnológica. É um livro pequeno, simpático e bem escrito. Deveria vir junto com cada novo celular – não por dizer muita coisa que a gente já não saiba, mas por reforçar o nosso conhecimento, e por relembrar que só temos a ganhar quando prestamos atenção ao que estamos fazendo, seja almoçar, dirigir, conversar com os amigos ou estudar. É um ótimo presente-dica para pessoas que já não se dão conta de como estão alheios ao mundo à sua volta!

A lição básica do livro, que traz um programa de 30 dias para diminuir a ansiedade digital em que vivemos mergulhados, pode-se resumir ao seguinte: preste atenção!