Carne de laboratório

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A indústria da carne de laboratório encontra-se sob intensa discussão nos Estados Unidos. Legisladores de estados como Alabama, Arizona, Flórida e Tennessee estão considerando leis que proibiriam essa nova fonte de proteína.

A base das objeções se assenta tanto em questões de segurança alimentar quanto no impacto potencial sobre a tradicional indústria pecuária. Em contrapartida, críticos dessas propostas legislativas defendem a inovação no setor alimentício, argumentando que as escolhas de consumo devem permanecer nas mãos dos consumidores.

Este campo emergente, que já captou bilhões em investimentos, incluindo aportes de gigantes como Cargill e Tyson, utiliza células animais para desenvolver carne em biorreatores, com a adição precisa de hormônios e nutrientes.

A Eat Just, pioneira americana, conquistou no ano passado a primeira aprovação federal para comercializar sua carne de laboratório, marcando um avanço significativo para a indústria. No entanto, a resistência não se limita aos EUA; a Itália, por exemplo, baniu recentemente tais produtos, alegando riscos potenciais até mesmo para sua cultura culinária.

Defensores dessa tecnologia argumentam que a carne cultivada representa uma opção mais sustentável, alinhada às metas globais, embora reconheçam os desafios de torná-la economicamente viável. A preocupação é que, sem o suporte contínuo de financiamento, o futuro dessa inovação possa estar em xeque, especialmente considerando o fim da era dos juros baixos.

(Mercado em 5 minutos)