A terceirização é uma maneira de incentivar a criação de postos de trabalho de maneira mais difusa pelo território nacional, além de possibilitar que a inovação tecnológica desenvolvida se espalhe mais rápido pela economia. A avaliação é de Claudia Viegas, diretora da LCA Consultores.
“Se o prestador de serviço inova, ele leva inovação para todas as empresas para quem presta serviço”, disse, dimensionando a importância que esse tipo de vínculo já tem no país. Ela citou o setor de call centers que gera mais emprego formal nas regiões Norte e Nordeste, que contratam, sobremaneira, jovens com o primeiro emprego e, por conseqüência, melhoram as condições do mercado de trabalho de maneira mais equânime pelo território nacional, equilibrando a diferença em relação ao Sul e ao Sudeste.
“No Brasil, há 790 mil empresas prestadoras de serviços, 13 milhões de empregados terceirizados, faturamento de R$ 536 bilhões, além de cerca de R$ 17,4 bilhões em contribuição ao FGTS e R$ 43 bilhões de recolhimento anual ao INSS”, exemplificou Alexei Marcorin, presidente da ABCE.
Para ele, a regulamentação trata da segurança jurídica e põe fim à discussão sobre as diferenças entre atividades-fim e atividades-meio que atualmente balizam que tipo de função em determinada empresa pode ou não ser terceirizada. “Esse debate não traz nenhum tipo de resultado e só gera dúvidas”, disse. Segundo Marcorin, a regulamentação também reduziria a quantidade de discussões judiciais trabalhistas que se tem no País.